O caixa do tempo
- Ana França
- 7 de jan. de 2022
- 1 min de leitura
Nem sempre observei como o tempo passa por mim. Descuidada, deixo a passagem de momentos à solta, desassossegada procuro apenas o encontro com o que me acalma, absorta no meu íntimo fico alheia ao que me rodeia. E eis que num sobressalto da vida o tempo me lembra que não pára. Os olhos despertos procuram as lembranças que a mente não recorda, as mãos longe da inércia, sondam os objetos que podem ajudar a recuperar contextos. Talvez os reveja, talvez os encontre, mas nunca mais deixarei de observar o tempo que passa por mim.

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