Sakura
Há um ano, neste preciso mês, inauguraria uma exposição onde teria um projeto meu “Sakura”. A pandemia surge e a exposição é adiada sem data prevista para a sua realização. Sucessivamente adiada e já sem perspetiva de concretização, resolvi divulgar o projeto.
“Sakura” é sobre a prática da defesa pessoal utilizando a arte marcial Jujitsu, técnicas de defesa, dando uma projeção maior ao desemprenho da mulher na sua defesa pessoal. Ao longo dos tempos as artes marciais eram praticadas maioritariamente por homens. Recentemente, o número de mulheres tem vindo a aumentar demonstrando igual capacidade na sua prática.
É importante a mulher saber defender-se, vivendo em comunidade poder ajudar os outros a defenderem-se. Há também aqui, um espírito de entreajuda, do reforço positivo, da noção da capacidade física.
A utilização do flash vem trazer um olhar mais marcante às expressões representativas da motivação, do esforço, do querer, da bravura destas guerreiras e guerreiros que fazem a sua parte para termos um mundo mais seguro, mais coletivo.
Um apontamento sobre o símbolo desta escola “Sakura”
O símbolo (Kanji Sakura ), escolhido pela sua fundadora, Mónica Couto, tem a flor de cerejeira no seu centro representativa da efemeridade da vida/ de toda uma vida dos guerreiros e as suas pétalas representam os 5 elementos da natureza. O círculo preto e branco simboliza a Tsuba, o que separa a lâmina do cabo no sabre japonês, considerado a alma do Samurai. A cor vermelha transmite paixão, energia, criatividade e representa o elemento feminino, a mulher. As mulheres guerreiras no Japão conhecidas por Onna Bugeisha foram sempre respeitadas, apesar da perceção um tanto machista da sociedade. Vieram da casta samurai, todas elas educadas na arte da guerra com a intenção de proteger a família, a casa e a honra.
O meu agradecimento à Mónica Couto e a todos os participantes no projeto por me disponibilizarem o espaço, o vosso tempo, me terem aturado e sempre demonstrarem empenho e dedicação. Muito obrigado.